sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL 2010

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Presépio da Paróquia de São Vicente de Fora - 1964




Adeste Fideles

Laeti triumphantes

Venite, venite in Bethlehem

Natum videte

Regem angelorum

Venite adoremus, Venite adoremus,

Venite adoremus, in Dominus

Cantet nunc aula caelestium

Gloria, gloria

In excelsis Deo

Venite adoremus, venite adoremus,

Veniteadoremus in Dominum

Ergo qui natus

Die hodierna

Jesu, tibi sit gloria

Patris aeterni

Verbum caro factus

Venite adoremus, venite adoremus,

Venite adoremos, Dominu

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Ó venham fiéis, alegres e triunfantes
Ó venham, ó venham para Belém!
Venham e sigam-no, nasceu o Rei dos Anjos! Ó venham
adorá-lo! Ó venham adorá-lo
Ó venham adorá-lo! Cristo, o Senhor!
Ó venham, fiéis, alegres e triunfantes
Ó vinde, Ó vinde à Belém!
Vejam, nasceu o Rei dos Anjos
Ó vinde adoremos, ó vinde adoremos, ó vinde adoremos
Cristo o Senhor!

Tradução de Padre Correia da Cunha




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domingo, 19 de dezembro de 2010

PE. CORREIA DA CUNHA E O NATAL

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NATAL é vida que nasce, Natal é Cristo que vêm !!!



Este texto de Natal foi escrito por Padre Correia da Cunha para a Noite de Natal do ano da graça de 1966.
Ele constitui um património apreciável e revelador da sua dedicação sempre aliada à sua inabalável e viva Fé. Em momentos de inspiração escrevia, mas o maior mérito de Padre Correia da Cunha não se quedava nas palavras, que traduzia em acção e na sua própria vida.
Dos seus escritos surgiam belos textos como o que passo a transcrever:


Presépio da Paróquia de São Vicente de Fora - 1964


Foi em Belém, da terra de Judá,

num Presépio humilde e pobre

(pois ninguém LHES quis dar guarida),

Que, na PESSOA de JESUS,

o próprio DEUS nasceu Homem,

unindo-se assim a DIVINDADE com a Humanidade

e assim se inaugurando a NOVA e ETERNA ALIANÇA,

que havia de selar-se no CALVÁRIO

com seu SANGUE REDENTOR.

Naquela noite sagrada,
a LUZ resplandeceu nas trevas,
e os Anjos cantaram cheios de alegria
o hino da ALIANÇA DIVINA:
- GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS
E PAZ NA TERRA AOS HOMENS!...

E logo àquele Presépio


acorreram os Pastores das cercanias

e vieram lá do longe os Magos Reis…

E desde então,

ao longo da Procissão dos séculos,
é junto do Presépio de Jesus
que, quantos aceitaram a Mensagem dos Anjos
e seguiram na esteira da luz,
vão encontrar-se com Deus
e com os homens - seus Irmãos,

pois o Presépio de Belém
é o Centro do Universo,

é o Abraço de Deus à Humanidade;

e o CORAÇÃO DO DEUS MENINO
nele nascido
é o PONTO onde se encontram todos os homens


que vivem na SUA FÉ e no SEU AMOR.



A descoberta deste texto ganha um novo sentido para olharmos para as personagens da História de Jesus Cristo e para as pessoas que testemunharam o seu nascimento. Neste, somos convidados a aprender com eles. Os pastores, os anjos, os magos e a Mãe Maria, todos à sua maneira, anunciaram a alegria por esse menino que nascia.

Os anjos e os pastores cantaram louvores a DEUS.

Assim também somos convidados a louvar a Deus que nasceu Salvador, e testemunhar a Paz e o Amor; pois só o ''Amor é fecundo", como Padre Correia da Cunha referia.

A Mãe Maria meditava, orava, agradecia e sorria, pois Deus veio mesmo morar no mundo.

Nós somos o seu presépio, e a nossa casa é Belém!

NATAL é a festa da reconciliação de Deus com a humanidade.

SANTO NATAL
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PE. CORREIA DA CUNHA E O CAVALEIRO

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“Aos grandes Homens… a Paróquia reconhecida”


“Nos primeiros tempos da Reconquista, cerca de treze mil cruzados vieram de toda a Europa para auxiliar D. Afonso Henriques. Houve um cavaleiro, chamado Henrique, originário de Bona, que morreu na conquista de Lisboa e que está sepultado na Igreja de S. Vicente de Fora.

A lenda diz que, logo que Henrique foi sepultado, dois dos seus companheiros, ambos surdos e mudos de nascença, foram deitar-se sobre o seu túmulo. Pediram a Henrique que intercedesse junto de Deus pela sua cura. Em sonhos, Henrique disse-lhes que Deus os tinha curado. Quando acordaram, verificaram que o sonho se tinha tornado realidade.

Pouco tempo depois, morreu um escudeiro de Henrique e foi sepultado, longe do túmulo do seu amo. O cavaleiro Henrique apareceu em sonhos ao sacristão da igreja e disse-lhe que queria o corpo do escudeiro junto de si.

O sacristão não ligou importância ao sonho, nem quando este se repetiu no dia seguinte. Na terceira noite, Henrique, novamente em sonhos, falou-lhe tão irritado com a sua indiferença que o sacristão acordou imediatamente e passou toda a noite a cumprir as suas indicações. Apesar de ter trabalhado muitas horas, o sacristão sentia-se bem, como se tivesse dormido toda a noite.

Segundo a lenda, cresceu uma palma no seu túmulo cujas folhas curavam os males de todos os peregrinos que ali acorriam. Um dia, a palma foi roubada, mas ficou para sempre na memória do povo através do nome de uma rua na baixa de Lisboa.”


Este nobre e valente cavaleiro, Henrique de Bona, que morreu na nossa amada cidade de Lisboa em odor de santidade, encontra-se sepultado na majestosa Igreja de São Vicente de Fora.


A lápide, que se encontra no lado esquerdo do altar de Santo António, assinala que ali repousam em paz os restos mortais do cavaleiro Henrique de Bona, não o deixa esquecer.

Padre Correia da Cunha, em São Vicente de Fora, também não o esquecia. Sempre que passava na Rua do Senhor da Palma, hoje simplesmente Rua da Palma, como todos nós a conhecemos, era-lhe como uma grata recordação trazer ao pensamento este ilustre cavaleiro.





Em São Vicente de Fora eram prestadas grandes homenagens à coragem e astúcia deste grande cavaleiro. Nesta foto, com honras episcopais precede-se a uma dessas venerações ao gentil e amado cavaleiro ‘santo’, que tão querido era nessa comunidade por ter honrado com heróica bravura a nossa nobre cidade.

À semelhança deste cavaleiro, também as relíquias de São Vicente de Saragoça, Santo Padroeiro de Lisboa, deveriam estar depositadas na sua sumptuosa igreja paroquial, ou pelo menos assim, pensava Padre Correia da Cunha. Era com grande mágoa, na alma, que o testemunhava.

É hoje reconhecido, que o depósito das relíquias de São Vicente, na Sé Catedral de Lisboa, não foi pacífico. Gerou um enorme e acesso conflito entre as várias facções de habitantes da cidade à época. Havia aqueles que defendiam que as relíquias deveriam ser colocadas no Mosteiro de São Vicente de Fora (como Padre Correia da Cunha veria a concordar mais tarde), outros como os moçárabes acreditavam que o melhor local para depositar as mesmas era a Igreja de Santa Justa e Rufina e existia ainda um terceiro grupo que impunha como alternativa a Sé Catedral.

Esta rivalidade na disputa das relíquias do Santo, entre moçárabes e os outros cristãos, durou longos séculos após a chegada do seu corpo à cidade, na noite de 16 de Novembro de 1173.

A nau que transportava o corpo do Santo, vinda do Algarve, ancorou junto à Igreja de Santa Justa e Rufina, mas depois fez-se uma grande procissão para a Sé Catedral, tendo como acompanhantes inteligíveis os dois corvos que ficaram como guardiões das relíquias por muitos e longos anos naquele monumento.





Contudo, como referia Padre Correia da Cunha, São Vicente Mártir nunca deixou de ser celebrado e venerado na sua Igreja de São Vicente de Fora, com um rito próprio, por todos os lisboetas que lhe querem bem.

Não se deveria também de perpetuar a memória de Mons. Francisco Esteves (1900-1959) e Padre Correia da Cunha (1961-1977) com a transladação dos seus restos mortais, para capela em São Vicente de Fora, pelo trabalho dinâmico, de inesgotável prodigalidade sem paragem nem descanso que a missão lhes impôs para dilatarem o Reino na Paróquia de São Vicente de Fora de Lisboa?

Não se deveria igualmente deixar em pedra gravados os nome destes dois grandes homens da igreja “A Paróquia Agradecida”?
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

PE. CORREIA DA CUNHA E A PADROEIRA

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‘‘As Mães são pedestais do mundo…’’


Para o Padre Correia da Cunha, 8 de Dezembro era o dia de rendermos uma profunda, justa e humilde homenagem à Imaculada Padroeira da Nação. Contudo, este aproveitava também o ensejo para se curvar diante da efeméride que assinalava o Dia da Mãe (pois para ele o dia da mãe sempre foi nesta data).

Esse dia não passava na Paróquia de São Vicente de Fora, sem que Padre Correia da Cunha, numa singela mas sentida cerimónia, não chamasse a atenção de cada um de nós para um pensamento de fé e de respeito à memória dos sentimentos maternos. Isto porque as nossas mães foram as fontes de onde recebemos a vida, as primeiras escolas onde aprendemos a pensar, os primeiros templos onde aprendemos a rezar…

Iniciava dizendo que o Dia da Mãe deveria ser todos os dias, todas as horas, todos os momentos… pois tudo o que somos se deve em muito às nossas magníficas e abençoadas mães. Envolvidos pela ganância e cegueira desta vida, por vezes esquecemos o odor da herança recebida delas: a beleza da virtude, o primado da justiça e a infinidade do amor




Maria Amália Correia da Cunha


Padre Correia da Cunha muitas vezes referia: ‘’ Não esqueço os afagos, os conselhos e mimos da minha querida Mãe Amália. Era uma santa que guiou os meus primeiros passos. A sua imagem maternal acompanhou-me sempre pela sua grandeza de coração e de sacrifício materno. Foi para mim uma heroína. ‘’As Mães! São pedestais do mundo, irradiando bondade indiscriminadamente!

Era para Padre Correia da Cunha grato recordar que, numa das mais antigas paróquias desta sua amada cidade de Lisboa, ainda era venerada a mãe de todos os portugueses, Nossa Senhora da Conceição – Padroeira de Portugal - que ampara os portugueses desde os tempos da conquista da cidade.

.Quando D. Afonso Henriques se encontrava nos subúrbios da cidade de Lisboa, preparando o assalto final, prometeu edificar ali (local da actual igreja de São Vicente de Fora) um mosteiro, se com o auxilio da SS. Virgem saísse vitorioso da conquista da cidade.

Entretanto mandou erigir naquele lugar um hospital de campanha. Nesse hospital mandou construir um altar sobre o qual colocou uma imagem de Nossa Senhora da Conceição e que desde então era invocada sob o título de Nossa Senhora da Conceição da Enfermaria. Era no altar dessa imagem roque, que ainda hoje existe na Igreja de São Vicente de Fora, que Padre Correia da Cunha celebrava estes ofícios dedicados à Padroeira Celeste e recordava a sua adorável mãe terrena.





A nossa mãe do Céu, Nossa Senhora, foi sempre a Padroeira dos Portugueses. Portugal foi sempre a Terra de Santa Maria. A Glória da nossa terra! Não pode haver nenhuma pessoa bem formada que não tenha por Ela a maior admiração e veneração.

Curvemo-nos aclamando devotamente os gestos maternos cheios de ternura e de bondade cega, pois diante destas efemérides, que nos impedem de esquecermos as nossas mães…todos temos particulares motivos para as amarmos com os maiores fervores pois elas fizeram prodígios e maravilhas pelas suas infindáveis humanidades.

Compete aos filhos reconhecer nas mães os grandes sacrifícios que lhes custaram e, consequentemente amá-las e respeitá-las com toda a confiança.

Espero que este pequeno texto nos possa ajudar a recordar com alguma saudade essas cerimónias, plenas de cânticos marianos, que Padre Correia da Cunha realizava no dia 8 de Dezembro de cada ano e que ficaram gravadas certamente nas nossas vidas.




Padre Correia da Cunha e um amigo em Fátima


Em confirmação destas lembranças seria bom que cada um promovesse uma homenagem de gratidão, um destes dia, realizando uma romagem, imbuídos dos nobres sentimentos que nos transmitiram as nossas mães, ajoelhando-se aos pés de Maria Mãe de Deus – Padroeira de Portugal e agradecendo carinhosamente toda a especial predilecção que Ela tem manifestado no seu maternal carinho por esta Nobre Nação e pelas mães portuguesas.

Padre Correia da Cunha realizava imensas romagens ao Santuário de Fátima, como podemos verificar na foto, onde nunca esquecia a sua querida mãe, Amália Correia da Cunha. A Cova da Iria irradiava-lhe luz, energia e entusiasmo para o seu empenhamento na missão de pastor.

Saudades de uma infância!

Fotos: Espólio de Padre Correia da Cunha cedidas gentilmente pelo seu sobrinho – Engº Acácio Cunha.





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