sábado, 12 de fevereiro de 2011

PE CORREIA DA CUNHA, 2ª ESTAÇÃO-BATALHA

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… da arte cristã, agradecendo em prece!



A segunda estação destas peregrinações ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, dos nossos marujos, era no grandioso monumento a Nossa Senhora da Vitória (Batalha).

O sumptuoso monumento da Batalha foi mandado construir por D. João I, em cumprimento de um voto que ele próprio havia feito na memoranda manhã de 14 de Agosto de 1385, quando entrava no famoso combate que daria a Portugal a vitória mais brilhante da sua história.

É um edifício grandioso e sublime, que elevava a alma dos marujos e exaltava a sua imaginação, enchendo-os de profundo respeito e uma invencível admiração.


Santa Maria da Batalha, que era uma maravilha de arte e que seria o orgulho das mais artísticas nações do Mundo, tem para nós um encanto particular, pois constitui a evocação grandiosa da valentia dos portugueses na defesa da nossa independência e é um monumento eterno da gratidão dos Portugueses à Santíssima Virgem Maria, Padroeira da Nação.

Para a crise da Independência, preparou e ofereceu heróis como Nuno Álvares Pereira e outros combatentes, que a bandeira transportavam com Jesus Cristo e a Padroeira. Assim na hora decisiva de Aljubarrota, lá andavam estes dois rostos, ao lado de El-Rei e do Condestável a animar as tropas e a insuflar-lhes confiança na vitória.

Era pois com razão que Padre Correia da Cunha afirmava: “Enquanto houver portugueses, tu serás o seu amor.”

O capelão Correia da Cunha trazia sempre nos lábios, quando andava sobre as ondas do mar, ora ameaçadoras ora embaladoras, uma palavra de gratidão e reconhecimento para aquela que chamava a Estrela-do-mar que sempre os conduzia a porto seguro…




SEGUNDA ESTAÇÃO


BATALHA


(Santa Maria da Vitória, …eis novo Santuário consagrado a Nossa Senhora!
Entremos todos juntos, como irmãos e como peregrinos e ocupemos, em silêncio, a nave central.
Ajoelhemos depois e cantemos juntos, como em Alcobaça!)

Solistas: Bendito e louvado seja
o Santíssimo Sacramento
da Eucaristia!

Todos:
Fruto do ventre sagrado
da Virgem puríssima
Santa Maria!


Solistas: Glória Patri et Filio
et Spiritui Sancto.


Todos: Sieut erat in principio et nunc et semper
et in saecula saeculorum. Amen.


CORO FALADO


Solista: Aqui, neste Mosteiro da Batalha
Em honra da Senhora da Vitória
Fez-se de pedra o Sonho d’uma glória…
(Que a pedra se faz sonho quando a talha
canteiro humilde com devota mão…)

Todos: Aqui é o Mosteiro da Belém
Sonho de Pedra, eterna gratidão!


Solista: Aqui é o Mosteiro da Vitória
Poema em pedra da mais bela traça
Que Dom João, Rei de fiel memória
Erguesse à Virgem-Mãe, cheia de Graça!
Todos: Cada pedra é palavra de louvor;
Cada coluna um verso aos céus erguido;
cada arco uma ‘strofe’ de’splendor;
cada nave um canto agradecido!


Solista: Capelas Imperfeitas!...Eis a glória
da arte cristã, agradecendo em prece
À Virgem da Vitória!
São Pedras? – Não!
São Almas de joelhos,
Jurando sobre os Santos Evangelhos
Que Portugal não esquece!


Todos: Cheia de Graça
Ave Maria!
O homem passa,
A pedra não:
De noite e dia
É gratidão!
Cheia de Graça.
Ave, Maria!

Solista: E aquel’sagrado Altar
Da nave principal
É bem o coração a palpitar
Do nosso Portugal!


Todos: O altar, além erguido
com fé e devoção,
É bem o coração
De todo o Portugal reconhecido!


Solista: Antes de ser Poema da Vitória
Feito de pedra em jeito de oração,
Foi este campo (tal qual reza a História)
Marcado a sangue, p’ra ser nosso chão…

Durante essa Batalha d’alta Glória,
(Quando podia ainda ser derrota!...)
Aqui nos campos de Aljubarrota,
El-Rei fez voto à Virgem da Vitória!





Todos: E a Virgem Santa Maria,
De coração portuguesa,
Não deixou de ouvir a reza
Que Dom João lhe fazia…

Solista: Era este campo uma charneca em flor
Cobiçada p’la gente castelhana…
Mas a Senhora, com materno amor,
Tinha por sua a Terra Lusitana!


Todos: Terra de Santa Maria,
Portugal foi sempre vosso!

Solista: Bastou que El-Rei em prece ajoelhasse
Humildemente nesta terra chã
E os cuidados da Virgem confiasse
Nossos destinos de Nação cristã

Todos: E a Virgem Santa Maria,
De coração portuguesa,
Não deixou de ouvir a reza
Que Dom João lhe fazia…


Solista: Perto de El-Rei também ajoelhou
O Condestável, grande herói e Santo,
E a sorte da batalha se mudou,
como por graça de divino encanto!


Todos: E a Virgem Santa Maria,
De coração portuguesa,
Não deixou de ouvir a reza
Que Dom Nuno lhe fazia…


Solista: Ala dos Namorados, gente moça,
Almas cheias de fé e devoção
Pedem à Virgem Santa que os ouça
E lhes conceda a Sua protecção!


Todos: E a Virgem Santa Maria,
De coração portuguesa
Não deixou de ouvir a reza
Que aquela gente moça lhe fazia…

Solista: Mais confiante na divina Graça
Que na sua bravura e valentia,
A Lusa gente pede a Deus que faça
Mais um milagre de Santa Maria.

Todos: E a Virgem Santa Maria,
De coração portuguesa,
Não deixou de ouvir a reza
Que o nosso povo fazia…

Solista: E o milagre surgiu à Luz da História…
E o voto se cumpriu em sonho ideal…
E as pedras rezam : Virgem da Vitória!
Salve Rainha e Mãe de Portugal!

Todos: Salve Rainha e Mãe de Portugal!


Solista: E o Poema surgiu maravilhoso.
P’ra sempre em pedra aqui ficou erguido
À Virgem Santa – Canto glorioso
Do Povo Português reconhecido.


Todos: Cheia de Graça,
Ave, Maria!
O homem passa
A pedra não:
- De noite e dia
È gratidão!
Cheia de Graça
Ave, Maria!


Solista: Aqui rezavam juntos com seus filhos
El-Rei, Mestre de Avis a sua esposa
Aqui foram sonhados novos trilhos
Que tornaram a Pátria Gloriosa.


Solista: Aqui sonhou seus feitos de glória
A Ínclita Geração – Altos Infantes
Rumos novos se abriram para a História
E se forjaram almas de gigantes!

Formou-se aqui o sonho do Império
E a Cruz de Cristo a sangrar nas velas
Desvenda os caminhos do mistério,
Enquanto a Virgem, em nichos nas cobertas,

Aponta o rumo às naus e caravelas
Do Portugal cristão das descobertas!

Marinheiros – Peregrinos
Hoje e sempre – a toda a hora –
Ponde nas mãos da Senhora
Vossas almas e destinos.


Vós, que sulcais o mesmo mar d’outrora
Guardando a Pátria d’ Aquém e d’Além-Mar,
Rezai à Virgem Mãe Nossa Senhora
P’la vossa Pátria, pelo nosso Lar!


Todos: Portugal é sempre vosso,
Inda que o Demo o não queira!
Terra de Santa Maria
Portugal é sempre vosso!
Sois a nossa Padroeira.


CANTICO FINAL

Solista: Salve, Nobre Padroeira
Do Povo teu protegido
Entre todos escolhido
Para Povo do Senhor


Todos: Oh! Glória da nossa terra,
Que tens salvado mil vezes,
Enquanto houver portugueses, (bis)
Tu serás o seu AMOR!















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