quinta-feira, 17 de agosto de 2017

PE. CORREIA DA CUNHA – PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO - VI














O CASAMENTO É NATURALMENTE UM 

ACTO SAGRADO.




Uma vez mais, o Padre Correia da Cunha nos chama a atenção, neste Curso de Preparação para o Matrimónio, para a grande diferença que existe entre os homens e os animais. Somos criaturas de Deus, fomos criados por Ele (criados à sua semelhança).

Quando um homem e uma mulher se apaixonam, um novo mundo, se abre diante deles, um mundo que ambos desejam compartilhar. Se essa paixão se vier a transformar num verdadeiro amor, abrir-se-á uma vida nova que o sacramento do matrimónio abençoará. 

Esta força de atracção entre pessoas é inata como é o impulso sexual do ser humano. É a essência do Amor. Precisa de espaço para se ampliar e se projectar pelos sentimentos, pelos valores e pela graça de Deus.


O casamento é naturalmente um acto sagrado, escolhido livremente por homem e mulher, que se querem comprometer na promessa do SIM (perante a Igreja, enquanto comunidade, para toda a vida). Há necessidade que seja assegurada a permanência desse compromisso assumido perante o altar, pelo supremo interesse daqueles que virão culminar a coroa do matrimónio: os filhos. 










TEXTO AUTORIA PADRE CORREIA DA CUNHA


Sem virtude de quanto ficou dito nos anteriores capítulos, o casamento, mesmo sob o ponto de vista natural, não pode ser um acto transitório provocado pela atracção sexual entre um homem e uma mulher. Exige necessariamente uma duração, uma permanência. Por mais bárbaro e selvagem que seja o estado de uma sociedade humana sempre esta permanência foi defendida e mantida. Mas passemos a resumir as razões fundamentais desta permanência que traduz uma coabitação:


1º - O homem não é um simples animal e portanto não pode proceder como se o fosse, especialmente na união de onde resulta a continuidade da espécie humana e a vida de alguém que é o prolongamento da própria vida dos pais.


2º - O filho tem de ser formado, pois não pode por si só vencer as dificuldades da vida, especialmente durante a meninice, e precisa do apoio tanto do pai como da mãe.


3º - Os próprios pais ligados pelo amor conjugal precisam um do outro para se complementarem não só sob o ponto de vista fisiológico mas também sob o ponto de vista moral e espiritual. Só juntos poderão caminhar na vida com alegria e com esperança.


4º - A sociedade, para se poder manter, desenvolver e progredir exige, e tem o direito e o dever de exigir a permanência da união conjugal. É que, se uma união se puder dissolver, não haverá mais educação e formação dos cidadãos e chegar-se-ia até ao ponto de ver secar fontes da vida, pois por comodismo egoísta os pais evitariam os filhos.




E aqui temos, um resumo, como o casamento é, mesmo no seu aspecto meramente natural, uma união permanente e legal do homem e da mulher com comunhão de vida e interesses, em ordem à procriação, ao complemento dos cônjuges e ao seu mútuo auxílio.


Isto é assim, insiste-se, mesmo no plano natural. Como, porém, o homem é um ser religioso e a família por ele constituída tem uma finalidade religiosa, pois o homem tem orientar toda a sua vida para além do tempo e dos interesses materiais (precisamente porque é também uma alma imortal), por estas razões sempre e em todas as civilizações o casamento foi e é um acto religioso.


A religião sempre tem chamado a si a defesa e a orientação dos superiores interesses da família. Vemos através da História que a sociedade humana em qualquer grau de civilização, mesmo no paganismo, reconheceu esse direito e esse dever à religião. Para todas as religiões, até para os feiticistas, sabaístas, etc…


O casamento foi e é um acto sagrado que não pode realizar-se sem a intervenção de Ser Divino que preside aos destinos dos homens e das sociedades.
























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