quinta-feira, 28 de setembro de 2017

PE. CORREIA DA CUNHA – 100º ANIVERSÁRIO









CERIMÓNIAS COMEMORATIVAS DO

CENTENÁRIO NASCIMENTO DO PADRE 

CORREIA DA CUNHA



Intervenção do coordenador da Comissão para o Centenário do Nascimento do Padre Correia da Cunha, nas cerimónias  realizadas no passado dia 24 de Setembro na Paróquia de São Vicente de Fora.






EXCELÊNCIAS.

REVERENDÍSSIMOS SENHORES.

FAMILIARES DO PADRE CORREIA DA CUNHA.

EXMOS. SENHORES E SENHORAS









Neste momento solene todas as atenções se voltam para o nosso saudoso e carismático Padre Correia da Cunha, a fim de lhe prestarmos um tributo de gratidão.




É bem merecida esta homenagem, amigos! O Padre Correia da Cunha é credor da nossa gratidão e do mais profundo respeito. Ele foi uma grande coluna nas comunidades que serviu, UM VERDADEIRO PILAR COMO VIMOS NAQUELA BELA ESCULTURA DA AUTORIA DE JCARLOS COELHO.


Na Armada, onde a sua preocupação fundamental era a formação humana e cristã dos seus marujos, fundou com o Capelão Perestrello de Vasconcelos a Associação dos Marinheiros Católicos, nos anos 50. Na sua paróquia da Pampilhosa da Encosta, como ele se referia à Comunidade de São Vicente de Fora, acolhia de braços abertos e ajudava os paroquianos nas suas necessidades, homens e mulheres que vinham da Beira Serra na busca de um trabalho digno e de melhores condições de vida.



É, pois, para todos nós, um grande privilégio participar nesta homenagem do centenário do nascimento do Padre Correia da Cunha.

Não é fácil falar de um homem que podemos classificar de um verdadeiro Mestre de Vida. As suas qualidades morais, intelectuais e espirituais fizeram dele uma personalidade fora do comum, que deixaram marcas indeléveis na Armada Portuguesa, na Paróquia de São Vicente de Fora e nas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (OGFE).

Muitos de nós tivemos a sorte de o conhecer pessoalmente. Era um homem de fina tempera, possuidor de uma força de carácter rara, fiel às suas convicções, fundadas na fé cristã, pela sua alma de marinheiro e poeta. 

Homens como o Padre Correia da Cunha, podem crer, não percorrem as ruas com o Corvo Vicente ao ombro… só um tempos a tempos.









Estamos aqui reunidos para recordarmos uma data magna. O centenário do nascimento do inesquecível Padre Correia da Cunha. 



Sinto-me até certo ponto incapaz para falar dele, parece-me que o maior tributo que podemos prestar ao homenageado é reflectirmos sobre os seus ensinamentos, lermos os seus sábios conselhos e seguirmos os exemplos por ele deixados.

Neste momento de júbilo, quando comemoramos 100 anos do seu nascimento, não podemos deixar de registar a sua imensa alegria em nos ter convocado para nos reunirmos aqui, neste cenário de grande beleza, que tantas vezes ele pisou.


O capelão Correia da Cunha era uma personalidade ímpar, talhada para grandes lutas, como a que tivemos de travar para a realização desta homenagem. Foram portas que se fecharam e silêncios que se ouviram. Mas muitas outras portas se abriram. Ei-las!


A nossa mais profunda gratidão ao Sr. Dr. Fernando Medina presidente da Câmara Municipal de Lisboa e à Vereadora da Cultura, Dr.ª. Catarina Vaz Pinto, aqui representada pelo Sr. Arqtº Jorge Ramos de Carvalho, Director de Departamento de Património Cultural, aqui presente, que mostraram a sua imensa abnegação. Revelaram um exemplo farto de dedicação e amor aos grandes filhos desta cidade. O padre Correia da Cunha era um apaixonado desta maravilhosa urbe. A cidade de Lisboa ouvi-nos, e com os seus representantes e excelentes colaboradores, abraçamos esta bela iniciativa. Bem-haja a todos!






O Patriarcado de Lisboa quase deixaria passar em silêncio esta efeméride. Mas o sol brilhou e despertados pelo fulgor espiritual deste sacerdote, temos aqui hoje entre nós o nosso Bispo, o grande pastor D. Joaquim Mendes, que se juntou a nós com a chama do seu amor e com a força da voz dos que ambicionam e labutam por uma humanidade de felicidade baseada nas premissas do Evangelho. Gentilmente a Vigararia acedeu à colocação da estátua do homenageado, junto dos remanescentes da Paróquia de São Vicente de Fora. A sua amada paróquia. O nosso obrigado a Vossa Excelência Reverendíssima e aos Senhores Cónegos Francisco Tito, Nuno Cordeiro e Ricardo Ferreira.





Quero nesta oportunidade, perante a prestigiada Banda da Marinha, manifestar o nosso reconhecimento e agradecimento à grande família da Armada. Aos seus mais altos dignatários do Estado-maior, Sua Excelência Sr. Almirante António da Silva Ribeiro, aqui presente. A Armada tão vibrante de amor pátrio e nobreza foi bem justa para com os seus antigos capelães. À Marinha, a expressão do nosso sentimento de gratidão ao maestro Primeiro-Tenente José António Peixoto, extensivo aos responsáveis e elementos da Banda que enaltecem este evento. Mas perdoem-me. Não posso de deixar de exprimir aqui, uma palavra de profunda saudade e amizade ao Sr. Capelão Manuel Amorim. Ao tomar conhecimento desta Homenagem ao Capelão Correia da Cunha com o inicio na publicação em 2015 do Livro: Mestre de Vida – Padre, Marinheiro e poeta. Nunca me faltaram os seus bons conselhos, incentivos e apoios. Ele foi verdadeiramente um Mestre de Vida que só desejava para todos a felicidade ancorada na mais pura e sincera amizade. Morreu um Santo!











Finalmente, e os últimos são os primeiros, como referia o Padre Correia da Cunha. O nosso pensamento vai para o Sr. Secretário de Estado da Defesa Nacional. Ouvi muitas vezes ao saudoso João Perestrello de Vasconcelos, que o Padre Correia da Cunha era o ‘’ irmão mais velho”. E dizia-lhe: lembre-se que é um PERESTRELLO com dois LL’s . Ele, com um dos mais alegres sorrisos, respondia: CORREIA com dois RR’S. A amizade que estes homens viveram era de extremos. Os homens de grandeza moral e intelectual pertencem também aos amigos. João Perestrelo de Vasconcelos era sem dúvida o maior amigo do Padre Correia da Cunha.








A presença de V.EXA. nesta Homenagem significa que não quer romper com esses vínculos. Queremos, pois, expressar a nossa admiração pela sua grandeza moral, de gratidão que testemunha, pela profunda e lealíssima afeição que dedica ao homenageado. Hoje aqui consigo, também estamos nessa comunhão de sentimentos, erguendo um verdadeiro monumento à memória venerada de seu pai João Perestrello de Vasconcelos. Estes homens viverão para todo o sempre. Cumpre-nos o dever, gratidão e justiça de perpetuar-lhes a memória. O preito da nossa maior gratidão ao Dr. Marcos Lorena Perestrello.





Em suma, para muitos, estas homenagens seriam impossíveis, mas para os que acreditam que lutando sempre com vigor e capacidade pelos seus ideais, com galhardia conseguem vencer, nunca medindo sacrifícios para sermos úteis aos outros, passando aos mais novos estes momentos radiantes do que aprendemos com os Grandes Mestres de Vida (CAPELÃO CORREIA DA CUNHA, CAPELÃO AMORIM, Dr. JOÃO PERESTRELLO DE VASCONCELOS). A NOSSA MAIS SENTIDA GRATIDÃO!









Em nome da Comissão do Centenário do Nascimento do Padre Correia da Cunha o meu



Muito obrigado a todos que nos deram a honra de estarem presentes.














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